Dor na coluna: Como se livrar dela?

Sobre a Dor na Coluna

A dor na coluna é uma das que mais atinge a população mundial. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 8 em cada 10 pessoas no mundo sofra com a condição. Atualmente, a dor na coluna é uma das principais causas de afastamento do posto de trabalho. No Brasil, entre 2012 e 2017, o INSS afastou mais de 500 mil trabalhadores em decorrência de dores nas costas. A incidência é maior entre os homens, sendo eles 54,58% dos casos de afastamento, enquanto as mulheres representam 45,42% deste total. As dores nas costas podem surgir por diversos fatores, nem sempre relacionados à coluna. Por isso, é importante que um profissional avalie o paciente adequadamente para que possa identificar sua origem. Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico, mais rápido o tratamento e menor o impacto na qualidade de vida do paciente.

Tipos de dores nas costas

No entanto, na maioria das vezes, a dor nas costas é associada a fatores musculares como tensões e lesões. Elas ocorrem devido à má postura, ao sedentarismo e obesidade, além de fatores genéticos, infecções e inflamações. As dores nas costas popularmente se dividem em alguns tipos, entre eles:

  • Cervicalgia – dor na região cervical – parte superior da coluna vertebral;
  • Lombalgia – dor na região lombar – parte inferior da coluna vertebral;
  • Ciatalgia – dor no nervo ciático, que se estende da região lombar até os pés.

O tipo de dor mais comum após as dores musculares – que tendem a ser menos graves e mais fáceis de tratar são as hérnias de disco. Elas surgem após o deslocamento ou ruptura do disco intervertebral, que atua como um sistema de amortecimento entre as vértebras, absorvendo o impacto do corpo. Além de provocar dor na região em que surgir (lombar, torácica ou cervical), a hérnia de disco pode desencadear perda de força e de sensibilidade nos braços ou pernas ou alterações esfincterianas. Nestes casos mais raros e graves, a cirurgia pode ser indicada. Em casos mais brandos, o tratamento da hérnia de disco consiste na indicação de medicamentos como anti-inflamatórios, analgésicos e relaxantes musculares, além da indicação de fisioterapia.

Outros desgastes, como osteofitoses também são bastante comuns, principalmente entre os idosos. Também conhecida como bico-de-papagaio, estes desgastes podem provocar a compressão dos nervos, atingindo sua raiz nervosa e podem desencadear alterações e perdas motoras, de sensibilidade, além do quadro de dor. Devem ser levados em consideração, também, doenças como a osteoporose – comum em mulheres acima dos 50 anos e que provoca a perda de densidade da massa óssea.

Algumas curvaturas fisiológicas, como a cifose, a lordose e a escoliose tendem a ser foco de dor quando ocorre algum desequilíbrio no grupo muscular da coluna onde esses desvios se localizam.

Obesidade e dor nas costas

A obesidade é uma condição que afeta mais de dois milhões de brasileiros e é considerada fator de risco para diversas outras doenças, entre elas, aquelas relacionadas à coluna. No caso dos pacientes obesos, a quantidade de hormônios pró-inflamatórios é produzida em maior escala e isso contribui para que ocorram mais alterações celulares. Com isso, o indivíduo obeso é denominado paciente inflamatório crônico, ou seja, com maior sensibilidade a estes fatores inflamatórios, que podem provocar dor.

Diagnóstico da dor nas costas

Como as causas para a dor nas costas podem ser diversas, o médico deve se atentar ao exame clínico, identificando o histórico familiar do paciente, hábitos de vida, se há ou não a prática de atividades físicas, se o paciente mantém uma postura correta ao andar, ficar em pé ou ao sentar, bem como quanto tempo sentado o paciente permanece. Além disso, o exame clínico permite analisar fatores genéticos que possam contribuir para o quadro de dor na coluna. A partir de então, o especialista pode solicitar exames complementares de imagem para fechar um diagnóstico mais preciso e iniciar o tratamento o quanto antes. Dentre os exames mais comuns solicitados estão o raio-x, a ressonância magnética e a tomografia computadorizada.

Como tratar a dor na coluna?

Tudo depende da avaliação médica após os exames clínico e de imagem. O especialista poderá lançar mão do uso de alguns tipos de medicamentos, levando em consideração o grau de dor e o histórico do paciente. Também são recomendadas sessões de fisioterapia, fundamentais para o alívio da dor, correção postural, equilíbrio corporal e fortalecimento muscular. Além das terapias manuais conhecidas na fisioterapia, como a liberação miofascial, outras técnicas como o RPG e o Pilates podem contribuir para a recuperação do paciente com dor na coluna. Ao chegar apresentando um quadro de dor, o fisioterapeuta pode iniciar o tratamento com a eletroterapia, por exemplo, passar para a terapia manual e evoluir para outras técnicas. No método Pilates, por exemplo, o paciente desenvolve o fortalecimento muscular da coluna e de outras regiões com segurança até recuperar a confiança no seu próprio corpo para iniciar ou retomar a prática de outras atividades físicas. O tratamento conservador é sempre a primeira opção a ser levada em consideração para a recuperação do paciente.

Quando a dor não cessa e o paciente apresenta comprometimento importante em suas atividades diárias, a cirurgia pode ser uma opção.

Até pouco tempo atrás, os procedimentos cirúrgicos para a coluna eram tidos como incapacitantes, sendo uma sentença de pouca qualidade de vida para o paciente. No entanto, nos últimos anos, essa realidade mudou com o desenvolvimento e maior acesso aos procedimentos minimamente invasivos. Mesmo quando a cirurgia é considerada maior, como nos casos de artrodese para tratamento da hérnia de disco, técnicas como a ALIF (anterior lumbar interbody fusion) garantem ao paciente rápida recuperação e retorno às atividades do dia a dia.

Quadro Resumo:

Descrição: a dor na coluna pode estar relacionado a tensões ou lesões musculares ou ainda doenças em outras partes do corpo como a osteoporose, hérnia de disco, artrose ou osteofitose, por exemplo.

Tipos: lombalgia, cervicalgia, ciatalgia, torcicolo, lordose e escoliose.

Fatores de risco: má postura, inflamações, infecções, hérnias de disco, artrose, sedentarismos, obesidade, envelhecimento, escorregamento de vértebra, histórico familiar.

Diagnóstico: Exames físicos, raio X, ressonância magnética e tomografia computadorizada.

Tipos de tratamentos: medicações orais, terapias, visco-suplementações, bloqueios e cirurgias.

Como prevenir: Prática de exercícios físicos, evitar esforço concentrado, comer dieta equilibrada, evitar posições inadequadas, evitar e controlar o estresse emocional.

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